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Britto Jr.

O dono da fazenda

Britto Jr. fala sobre a experiência de comandar o reality show mais comentado da atualidade

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A paixão pelo futebol nunca o abandonou, mas também nunca o impediu de experimentar outras áreas no jornalismo e acabar se tornando um dos apresentadores de maior destaque na TV brasileira. Antônio Mendonça Britto Junior, ou em suma, Britto Jr., é receptivo às novidades, curte estar em movimento e tem “ambições profissionais saudáveis”, como gosta de dizer.

Seguindo o exemplo do pai, o respeitado comentarista Hilton Britto, ele começou como repórter esportivo. Depois, vieram as oportunidades de trabalhar no SBT, chegar à Globo e construir uma carreira sólida a ponto de ser alvo do crescimento da Record e ganhando espaço de estrela na casa.

Seja no “Hoje em Dia”, seja como apresentador em “A Fazenda”, a nova aposta da emissora, Britto tenta conduzir tudo com muito entusiasmo, Mas sabe que, como no futebol, é preciso suar a camisa pra chegar a um placar positivo. Então, há cerca de três décadas vem se esforçando para chegar ao seu principal objetivo desde o começo: ser um dos maiores comunicadores do Brasil.

Como está sendo a experiência de comandar A Fazenda?

Está sendo espetacular, como eu já previa. Isso vai indicar um passo importante para a minha carreira. É muito boa a sensação de começar algo do zero na televisão.

Você se mudou para Itu. Foi uma exigência da emissora?

O programa vai durar aproximadamente três meses e todos os dias há uma edição. Fora isso, temos várias entradas durante a programação. Todo mundo quer saber o que aconteceu com fulano, o que beltrano fez, o que ele disse, etc. Por esta logística, existem alguns dias em que não volto para São Paulo devido ao horário. Para isso, a Record montou um camarim com tudo o que preciso. Costumo dizer que é meu “semi-confinamento” (risos).

Algum palpite de quem será o ganhador?

Não poderia apontar um preferido por uma questão de ética. Eu torço para que todos que estão ali se saiam bem. A Babi (xavier), por exemplo, acha que foi muito bem, mas será que essa é a opinião do público? Não posso apontar, mas acho que algumas pessoas podem estar jogando mais que outras, podem estar construindo uma relação, uma imagem, que não necessariamente seja a sua imagem real. Quem é transparente? Só o tempo vai nos dizer.

Você fica incomodado quanto o comparam com o Pedro Bial?

A comparação é inevitável, pois a referência é o BBB. O Bial é um ídolo para mim. Era um dos cinco principais repórteres da Globo, no meu ponto de vista. Acho bacana a trajetória dele, que não se limitou a ser só um repórter e apresentador. E o fato de comandar um programa de entretenimento não anulou sua credibilidade. Se for cobrir uma eleição americana hoje, como fez recentemente, vou confiar nele da mesma forma. Em relação à comparação, vale dizer que ele está há nove anos fazendo isso e eu estou chegando agora. Assisti muito pouco ao BBB e não quero fazer uma imitação, é muito feio isso! É lógico que Bial servirá de referência, mas tenho um estilo diferente.

Você tem mais de 30 anos de carreira no jornalismo. Quais os momentos que mais te marcaram?

Difícil eleger uma única matéria ao longo de tantos anos…Posso me recordar de ter realizado cobertura das diretas já, a morte do Tancredo, o acidente fatal que nos assaltou um ídolo, Ayrton Sena. Também tive o privilégio de cobrir a Copa de 2002, a única copa que foi realizada em dois países simultaneamente, além de tudo, o Brasil ganhou!(risos).

Já que o assunto é futebol, você também atuou como comentarista esportivo. Qual seu time do coração? Bate uma bola também?

Sou Colorado! Meu time do coração é o Inter. Jogo futebol às quintas.  Quando tenho tempo, eu e o Edu Guedes nos reunimos com o pessoal da emissora e batemos um bolão! (risos). Na minha adolescência, sonhei em ser um jogador de futebol e por pouco não fui. Jogar futebol é meu hobby preferido. Eu comecei no rádio, lá por 78, 79, como repórter esportivo, seguindo os passos do meu pai, Hilton Britto, que foi repórter de campo, narrador e é comentarista dos bons lá no Sul. Sempre gostei de esporte, principalmente o futebol, porque vejo nele uma síntese da vida. Fiz duas copas – 2002 pela Globo e 2006 pela Record, na Alemanha, para o “Hoje em Dia”. No passado, cobrir uma copa do mundo era um privilégio só dos grandes nomes da imprensa. Hoje, o mundo ficou tão pequeno graças a tecnologia da comunicação que já não chega a ser um feito cobrir um evento esportivo. Mas eu espero poder ir à África não só pra fazer cobertura dos jogos, mas também conhecer um pouco mais do continente, que é o nosso “berço”.

E o “Hoje em Dia”? Pretende voltar ou tem outros planos?

O hoje em dia é como um filho para mim. Com o fim de “A Fazenda” volto. Temos que aumentar nossa prole e ter mais filhos, não é verdade? (risos)- e é assim que estou encarando este novo projeto. Tenho consciência plena de que outras coisas vão surgir. Neste momento, sim, me sinto realizado, mas sei que não para por aí, tenho muita lenha para queimar. Meu objetivo é sempre crescer, não escondo esta ambição, que é saudável. Quero escrever meu nome entre os grandes comunicadores do Brasil e, para chegar lá, tem que ralar muito.

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RÁPIDAS

Nome completo: Hilton Antônio Mendonça Britto Junior

Local de nascimento: Caxias do Sul

Signo: touro

Prato e/ou restaurante: A Figueira Rubayat

Não vivo sem: minha família

Maior alegria: nascimento do meu filho

Uma saudade: jogar bola com meu pai no corredor de casa

Um lugar no mundo: meu coração

Uma música: os clássicos da Bossa Nova

Um filme: os DVDs de desenhos animados que assisto repetidamente com meu filho!(risos)

Um defeito: sou perfeccionista demais

Uma qualidade: sinceridade

Sonho a realizar: me tornar um grande comunicador, entre os maiores do Brasil. Modestamente, estou no caminho.

Sonho realizado: posso dizer que tenho sonhos realizados profissionalmente e sou muito agradecido.

Uma frase: “Acredite nos seus sonhos, e acredite, eles podem se tornar realidade!”

*Matéria para revista Alpha Magazine Ed 118 – julho/2009

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